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UMA BREVE HISTÓRIA DO MUNDO
Este livro é uma ótima opção pra quem gosta de história, além de ser uma boa fonte para sociologia também:
Breve História do Mundo, Uma























Um balanço da fantástica saga da humanidade, magistralmente compilada desde seus primórdios até os frenéticos dias em que vivemos. É como ver a paisagem pela janela de um trem em movimento, afirma Geoffrey Blainey, um dos mais aclamados historiadores da atualidade. Sem jamais perder o foco, Blainey vai mais além: descreve a geografia das civilizações e analisa o legado de seus povos. O leitor deve se preparar para uma viagem inesquecível: saberá como eram as noites dos primeiros nômades; testemunhará o surgimento das religiões; questionará a carnificina das guerras e acompanhará a ascensão e queda dos grandes impérios. Uma Breve História do Mundo vai entrelaçando a história de um povo a outro, de forma didática e vibrante. Distante de formalismos, o livro instiga e envolve o leitor página por página, levando-o a conhecer e interpretar melhor os fatos que nos levaram aos dias de hoje.

Trecho de Uma Breve História do Mundo, de Geoffrey Blainey:


Capítulo 1
Vindos da África
Há 2 milhões de anos, eles viviam na África e eram poucos. Eram seres quase humanos, embora tendessem a ser menores que seus descendentes que hoje povoam o planeta. Andavam eretos e subiam montanhas com enorme habilidade.
Alimentavam-se principalmente de frutas, nozes, sementes e outras plantas comestíveis, mas começavam a consumir carne. Seus implementos eram primitivos. Se eram bem-sucedidos em dar forma a uma pedra, não iam muito longe com a modelagem. É provável que usassem um pedaço de pau para defesa ou ataque, ou até mesmo para escavar, caso surpreendessem um roedor escondendo-se em um buraco. Não se sabe se construíam abrigos feitos de arbustos e de pedaços de pau para se protegerem do vento frio no inverno. Não há dúvida de que alguns moravam em cavernas – quando podiam ser encontradas –, mas uma residência permanente teria restringido bastante a necessária mobilidade para encontrar alimento suficiente. Para viver do que a terra oferecia, precisavam fazer longas caminhadas a lugares onde sementes e frutas pudessem ser encontradas. Sua dieta era resultado de uma série de descobertas, feitas ao longo de centenas de milhares de anos. Uma das mais importantes estava em saber se uma planta, aparentemente comestível, não era venenosa; explorando novos lugares à procura de novos alimentos em tempos de seca e carestia, alguns devem ter morrido por envenenamento.
Há 2 milhões de anos, esses seres humanos, conhecidos como hominídeos, viviam principalmente nas regiões dos atuais Quênia, Tanzânia e Etiópia. Se dividirmos a África em três zonas horizontais, a raça humana ocupava a zona central, ou zona tropical, constituída principalmente de pastos. Uma mudança no clima, cerca de um ou dois milhões de anos antes, que fez com que em certas regiões os pastos tenham substituído boa parte das florestas, pode ter incentivado esses hominídeos a, gradualmente, descendo das árvores, deixar a companhia de seus parentes, os macacos, e passar mais tempo no chão.
Eles já acumulavam uma longa história, embora não tivessem nenhuma memória ou registro disso. Falamos hoje do grande espaço de tempo que se passou desde a construção das pirâmides do Egito, mas esse período representa um simples piscar de olhos se comparado à longa história que a raça humana já viveu. Na Tanzânia, descobriu-se um registro primitivo pelo qual se conclui que dois adultos e uma criança caminhavam sobre cinza vulcânica amolecida por uma chuva recente. A seguir, suas pegadas foram cozidas pelo sol e, aos poucos, foram cobertas por camadas de terra; as pegadas, definitivamente humanas, têm pelo menos 3,6 milhões de anos. Até mesmo isso é considerado um fato recente na história do mundo contemporâneo: os últimos dinossauros foram extintos há cerca de 64 milhões de anos.
No leste da África, os primeiros humanos costumavam acampar às margens dos lagos e dos leitos arenosos de rios ou em campinas: nesses locais, foram encontrados alguns restos deixados por eles. Conseguiam adaptar-se a climas mais frios e, na Etiópia, preferiam os planaltos abertos, a uma altitude de 1.600 ou 2.000 metros acima do nível do mar. Nas florestas sempre verdes das regiões montanhosas, também sentiam-se em casa; sua adaptabilidade era impressionante.
De modo geral, na impiedosa competição por sobreviver e multiplicar-se, os humanos tiveram sucesso. Nas regiões da África que habitavam, eram em número bem menor que as espécies de grandes animais, alguns deles agressivos; ainda assim, os humanos prosperaram. Talvez as populações tenham se tornado muito numerosas para os recursos disponíveis na região ou tenha havido um longo período de seca, e isso os tenha levado para o norte. Há forte indício de que, em algum momento dos últimos dois milhões de anos, eles tenham começado a migrar mais para o norte. O maior deserto do mundo, que se estende do noroeste da África para além da Arábia, pode, por algum tempo, ter impedido seu avanço. A estreita faixa de terra entre a África e a Ásia Menor, contudo, podia ser facilmente atravessada.
Moviam-se em pequenos grupos: eram exploradores e colonizadores. Em cada região desconhecida, tinham de adaptar-se a novos alimentos e precaver-se contra animais selvagens, cobras e insetos venenosos. Os que abriam caminho conseguiam uma certa vantagem, pois os seres humanos, adversários implacáveis dos invasores de território, não estavam lá para atrapalhar seu caminho.
Era mais uma corrida de revezamento do que uma longa caminhada. É possível que um grupo de talvez 6 ou 12 pessoas avançasse uma pequena distância e decidisse se estabelecer naquele lugar. Outros vinham, passavam por cima delas ou impeliam-nas para outro lugar. O avanço pela Ásia pode ter levado de 10 mil a 200 mil anos. Montanhas tinham de ser escaladas; pântanos, vencidos. Rios largos, gelados e de forte correnteza tinham de ser atravessados. Será que eles atravessavam esses rios em seus pontos mais rasos, nas estações muito secas, ou nos pontos mais próximos às nascentes, antes que o leito se tornasse largo demais? Será que os exploradores sabiam nadar? Não sabemos as respostas. À noite, em terreno desconhecido, era preciso selecionar um abrigo ou um lugar com um mínimo de segurança. Sem a ajuda de cães de guarda, cabia a eles manter vigilância sobre animais selvagens que vinham caçar durante a noite.
No decorrer dessa longa e lenta migração, a primeira de muitas na história da raça humana, esses povos originários dos trópicos avançaram para territórios bem mais frios, jamais conhecidos por qualquer de seus ancestrais. Não se sabe ao certo se conseguiam aquecer-se ao fogo nas noites frias. É provável que quando um raio caía nas proximidades, ateando fogo à vegetação, eles apanhassem um galho em chamas e o transportassem para outro lugar. Quando o galho estava quase todo queimado e o fogo por se extinguir, juntavam-lhe outro galho. O fogo era tão valioso que, uma vez obtido, era tratado com desvelo; ainda assim, o fogo podia extinguir-se por descuido, apagar-se sob uma chuva forte ou por falta de madeira seca ou gravetos. Enquanto conseguiam manter o fogo, devem tê-lo levado em suas viagens como um objeto precioso, como faziam os primeiros nômades australianos.
A habilidade de produzir fogo, em vez de obtê-lo ao acaso, veio bem mais tarde na história humana. Com o tempo, os humanos conseguiram produzir uma chama através do atrito e do calor provocados ao esfregarem-se dois pedaços de madeira seca. Podiam, também, triscar um pedaço de pirita ou outra rocha adequada e, assim, provocar uma faísca. Em ambos os processos, eram necessários gravetos muito secos e o domínio da arte de soprar delicadamente sobre os gravetos em chamas
O emprego habilidoso do fogo, resultado de muitas idéias e experiências durante milhares de anos, é uma das conquistas da raça humana. A genialidade da maneira com que era empregado pode ser vista na forma de vida que sobreviveu até o século 20, em algumas regiões remotas da Austrália. Nas planícies desanuviadas do interior, os aborígines acendiam pequenas fogueiras para enviar sinais de fumaça, uma forma inteligente de telégrafo. Usavam o fogo também para cozinhar, para se aquecer e para forçar os animais a sair das tocas (enchendo-as de fumaça). O fogo era a única iluminação à noite, exceto quando uma lua cheia lhes dava luz para suas cerimônias de dança. Era usado para endurecer os pedaços de pau usados para cavar, para modelar madeira com a qual eram feitas as lanças e para cremar os mortos. Era usado, ainda, para gravar marcas cerimoniais na pele humana e para afastar as cobras do capim perto dos acampamentos. Era um eficaz repelente de insetos e era usado por caçadores para queimar o capim em sistema de mosaicos em certas ocasiões do ano e, assim, incentivar novo crescimento, quando viessem as chuvas. Eram tão numerosos os usos do fogo que, até recentemente, foi a ferramenta de maior utilidade da raça humana.


RELAÇÕES PÚBLICAS ESTRATÉGICAS - Técnicas, conceitos e instrumentos
A área de comunicação e relações públicas cresce em todo o mundo. Elementos como cultura, imagem e identidade são levados em consideração para construir uma boa reputação empresarial. Baseada nessa premissa, esta obra oferece um cenário atualizado e crítico sobre os modos mais eficazes de praticar essa comunicação de forma integrada, mostrando que tratar os públicos de modo planejado é a base para a sustentação de qualquer tipo de empresa.

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Paulo Nassar
Professor doutor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e diretor-geral da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje).


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